sexta-feira, 4 de maio de 2012

Memórias de uma casa Abandonada

Me lembro das vozes das pessoas
O som seco de seus passos
Que convenientemente ecoavam pelas ruas e vielas do bairro

A matriarca já não anda entre eles que, pouco a pouco se dispersaram
O canto de ninar que tilintava, levado pelo vento, que harmoniosamente pela janela entrava

Abandonada conto meus dias, que um a um são contados pacientemente
Muito tempo se passou da ultima corrida por entre meus corredores
Sou grande, uma gigante calada, a muitos anos nesta rua abandonada

(Arquitetada por: Rodrigo Rocha Trindade, 12/03/2001)